Microscopia De Campo Escuro; Princípios Da Microscopia Imersa Em Óleo - Optika Italy B-510 Serie Manual De Instrucciones

12. Microscopia de campo escuro

O B-510DK é um microscópio de observação de campo escuro específico para análise de sangue com um condensador
de campo escuro especial extra eficiente, com A.N. de 1.36 a 1.25 e uma objetiva acromática plana de 100x com diafragma
ajustável.
A iluminação LED X fornece o alto nível de intensidade de luz normalmente exigido em técnicas de campo escuro de alta
ampliação.
Para usar este microscópio corretamente, você precisa estar familiarizado com o seguinte:
a. técnica de imersão em óleo
b. técnica de campo escuro.
O seguinte manual introduz os princípios básicos destes métodos (parágrafos 12.1 e 12.2) e também um guia passo a
passo para configurar o B-510DK (parágrafo 12.4).
Recomendações gerais para microscopia de imersão também são fornecidas.
12.1 Princípios da microscopia imersa em óleo
A capacidade do objetiva do microscópio de capturar os raios de luz desviados por uma amostra depende tanto da
abertura numérica quanto do meio pelo qual a luz passa.
A abertura numérica de uma objectiva é directamente proporcional
ao índice de refracção do meio entre a tampa da objectiva e a
lente frontal, e também ao seno de metade da abertura angular
da objetiva.
Uma vez que o seno não pode ser superior a 90 graus, a abertura
numérica máxima possível é determinada pelo índice de refracção
do meio de imersão.
A maioria das objectivas de microscópio usa o ar como meio
através do qual os raios de luz devem passar entre a tampa
protectora da amostra e a lente frontal da objetiva. Essas
objectivas são chamadas de objectivas secas porque são usadas
sem meios líquidos intermediários.
O ar tem um índice de refracção de 1.0003, muito próximo do
vácuo e consideravelmente inferior ao da maioria dos líquidos,
incluindo água (n = 1.33), glicerina (n = 1.470) e óleos comuns de
imersão ao microscópio (média n = 1.515).
Na prática, a abertura numérica máxima de um sistema de
objectivas secas é limitada a 0.95 e valores mais elevados só
podem ser alcançados utilizando a óptica concebida para o meio
de imersão.
O princípio da imersão em óleo é demonstrado na Fig. 21, onde
os raios de luz individuais são traçados através da amostra e
passam pela objectiva ou são refractados em outras direcções. A
Fig. 21(a) ilustra o caso de uma objectiva seca com cinco feixes
(marcados de 1 a 5) que passam através de uma amostra coberta
por um vidro de cobertura. Estes raios são refractados na interface
ar/vidro e apenas os dois raios mais próximos do eixo óptico do
microscópio (raios 1 e 2) têm o ângulo adequado para entrar na
lente frontal da objectiva. O terceiro raio é refractado a um ângulo
de aproximadamente 30 graus em relação à tampa da objectiva e não entra na objectiva. Os dois últimos feixes (4 e 5)
são reflectidos internamente através da tampa da objectiva e, juntamente com o terceiro feixe, contribuem para reflexões
internas de luz em superfícies de vidro que tendem a degradar a resolução da imagem.
Quando o ar é substituído por óleo com o mesmo índice de refracção que o vidro, mostrado na Fig. 21(b), os raios de luz
passam directamente pela interface vidro-óleo sem desvio devido à refracção. A abertura numérica é então aumentada
pelo factor n, o índice de refracção do óleo.
As objectivas de microscópio projectadas para uso com óleo de imersão têm uma série de vantagens sobre as objectivas
secas. As objectivas de imersão são tipicamente de correcção superior (fluorita ou apocromato) e podem ter aberturas
numéricas operando até 1.40 quando usadas com óleo de imersão de dispersão e viscosidade adequadas. Essas
objectivas permitem que o diafragma do condensador seja aberto em maior extensão, estendendo assim a iluminação da
amostra e aproveitando o aumento da abertura numérica.
Imersão em óleo e Abertura Numérica
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